A Norma 17010-1/2 foi publicada graças aos esforços de comissão criada via Abimaq envolvendo empresas do setor, universidades, usuários e fabricantes de estruturas modulares.
A união do setor de galpões flexíveis foi a força necessária para que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criasse, pela primeira vez, uma norma específica para estruturas modulares. A norma NBR 17010-1/2 foi publicada em 12/2021, foi uma conquista para todos os setores. O diretor executivo e proprietário da empresa Cobersteel Coberturas & Equipamentos, Enzo Ferrari, foi o primeiro integrante do comitê de estudos em 2010 junto com o IPT, onde iniciaram os estudos sobre a aprovação dos galpões de lona junto ao corpo de Bombeiros do estado de São Paulo, e logo após alguns anos iniciou-se um novo comitê junto com a Abimaq e várias empresas do ramo de galpões de lona pvc e fabricantes de lonas. A Cobersteel hoje é uma das empresas fabricantes de galpão de lona pvc e telhas metálicas, para locação e venda destinados à armazenagem e indústria.
O foco principal da norma é sobre a segurança e prevenção contra incêndios. Isso porque o corpo de bombeiros de cada estado do Brasil cria a própria legislação via decreto de governo para determinar fatores como o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) e a norma pode ser usada como um documento técnico em todo o território nacional.
Como as empresas de galpões flexíveis costumam atender clientes de diferentes setores por todo o país, a unificação da legislação se tornou um aspecto de extrema importância para o rompimento de barreiras regionais. Veio daí a necessidade de consulta do setor e a intermediação da Abimaq para a criação da norma ABNT válida para todo o território nacional.
Como integrante do comitê, o diretor executivo e proprietário da empresa Cobersteel, Enzo Ferrari explica a importância da norma. A lona que reveste os galpões, elas têm classificação quanto à proteção contra incêndio e mais especificamente sobre emissão de fumaça e propagação de chamas, o qual é indicado pelo corpo de bombeiros como classe II-A, e o foco era a estrutura metálica. Algumas regras exigiam que, dependendo do tamanho do galpão e o que seria estocado pelo cliente, a estrutura metálica deveria suportar um incêndio por determinado período. Conseguimos demonstrar que no caso dos galpões flexíveis o TRRF não é uma especificação necessária já que, graças à tecnologia das lonas, a estrutura metálica não é diretamente afetada e não colapsa em caso de incêndio.
A norma NBR 17010 é a representação de uma primeira vitória do setor e vai muito além da isenção da apresentação do TRRF. Os galpões lonados não tinham regras específicas e ficavam transitando entre normas de diferentes estados. Ainda que haja flexibilização de práticas, continuamos garantindo a segurança, especialmente porque galpões modulares têm baixíssima ocupação de pessoas, e com isso conseguimos a aprovação do Corpo de Bombeiros de todos os estados.